SÃO JOSÉ: UMA VIDA DE TRABALHO E AMOR

SÃO JOSÉ: UMA VIDA DE TRABALHO E AMOR

 

"A História de José, o Carpinteiro", e a "Vida da Virgem Maria e Morte de José" que são livros antigos e muito raros, escritos a cerca de 2.000 anos, mas que podem ser encontrados na biblioteca do Vaticano e em algumas bibliotecas de Comunidades Religiosas espalhadas pelo mundo.
 
Com prioridade utilizamos as informações contidas na Bíblia Sagrada de Jerusalém. Contudo, para oferecer uma agradável continuidade ao enredo da Vida de São José, acolhemos também algumas inspirações daqueles livros que seguem a Tradição Judaica, as quais consideramos apropriadas, porque entendemos que estavam fundamentadas no comportamento humano da época, e que portanto, podem representar com fidelidade hábitos do cotidiano da Sagrada Família.
São José nasceu em Belém de Judá (Lc 2,3-4), e presumivelmente deve ter permanecido lá até idade adulta (12 anos pelos costumes judaicos). Embora não encontrando nenhuma informação confiável sobre a sua mãe, é certo que o seu pai chamava-se Jacó e mudou-se com a família para Nazaré da Galiléia, provavelmente para cultivar uma terra que comprou no Vale Esdrelon. Junto com o seu irmão mais velho chamado Cleófas, trabalhou na lavoura, ajudando o pai a produzir alimentos para o consumo próprio e comercialização. Todavia com o passar dos anos, revelou uma notável tendência para o trabalho com madeira, que o levou a deixar o cultivo do solo num segundo plano e a se empenhar na profissão de carpinteiro. Cleófas era casado com uma jovem também chamada Maria, conhecida no Novo Testamento com o nome de Maria de Cleófas, com quem teve três filhos: Tiago Menor, Apóstolo de JESUS, autor de uma epístola e segundo Bispo de Jerusalém; José, conhecido por "Barsabás, o Justo" e Maria Salomé, que se casou com Zebedeu e teve dois filhos: Tiago Maior e João (o Evangelista) autor do Terceiro Evangelho, dos Atos dos Apóstolos, de três Epístolas e do Apocalipse. Ambos foram Apóstolos de JESUS.
José, era um homem de poucas palavras, tinha gênio calmo e retraído, dedicado essencialmente ao trabalho e as orações na sinagoga, fazendo do labor o seu próprio lazer.
É provável que tivesse a idade de 26 anos, quando sua atenção foi despertada para aquela encantadora jovem de cabelos negros e olhos azuis, chamada Maria, que diariamente atravessava a rua com um cântaro de barro em direção a uma fonte que ficava na praça central, para apanhar água. Nazaré, como a grande maioria das cidades naquela época tinha uma fonte, onde todos se serviam, levando água para o asseio e preparo das refeições.
 
Escritores, pintores e artesãos costumam mostrar o santo, como idoso. Mas José era um jovem de 33 anos, quando desposou a Virgem Santíssima.
José logo ficou interessado naquela jovem, que além de muito bonita, revelava uma decidida aptidão pelo trabalho, além de portar-se com dignidade e discrição. Sempre que surgia uma oportunidade ele se aproximava para dizer-lhe algumas palavras. E assim, alimentando interiormente uma grande simpatia por Maria, decidiu freqüentar a casa de Joaquim e Ana, pais da moça, pois ansiava estar perto dela.
 
É válido destacar que ele e seu futuro sogro, São Joaquim, eram primos, pois tinham em comum, a avó paterna, que havia se casado duas vezes. Do primeiro casamento, com Leví, foi gerado Mathat, pai de São Joaquim, que é o pai de Maria. E do segundo casamento, nascera Jacó, pai de José e Filho de Matan. A casa de José solteiro, ficava em Megido, em Tanath, onde trabalhava para outros mestres carpinteiros.
 
Já casado com Maria, o santo carpinteiro, sustentava sua família com seus trabalhos, pois ambos haviam distribuído entre os pobres todos os bens herdados dos pais da Virgem Santa, escolhendo viver em simplicidade. José ensinou o ofício de carpinteiro ao seu Filho: Jesus de José de Nazaré. (Como o próprio Jesus teria se apresentado). Descendente da Casa de Davi, José amou a sua esposa e soube zelar pela sua família.
 
Fonte: Diácono Francisco Gonçalves para a Cúria Regional de Santana, cidade de São Paulo 
Adptação: Pe. Janilson Francisco de Macedo